Relacionamentos mais felizes e completos não são apenas uma troca de interesses – são parcerias verdadeiras, coisa difícil de encontrar nos dias de hoje. O parceiro, no significado mais lindo da palavra, é aquele que reconhece seu ser como um ser complementar, apesar dos seus defeitos. Quando percebe-se que se instaurou uma parceria verdadeira, os dois integrantes (ou mais, dependendo do tipo de relacionamento) logo reconhecem que ali se formou uma preciosidade, e cuidam dela com todas as forças.
Os parceiros querem sim ser recompensados, mas eles não querem crescer sozinhos – os corações se unem de uma forma quase cósmica, e passa-se a desejar o bem do outro tanto quanto o seu próprio bem.
Quero sim ouvir eu te amo, mas dizer eu te amo passa a ser tão importante quanto.
Quero sim cafuné na cabeça, mas fazer cafuné passa a ser tão importante quanto.
Quero sim alguém com ideias que me façam crescer, mas o crescimento do outro passa a ser tão importante quanto.
Assim, a roda gira. Cria-se um ciclo de intenções verdadeiras e de ações concretas que fortalecem os parceiros. Pode-se andar tranquilamente de olhos vendados, pois sabe-se que os olhos do outro servirão pra te guiar enquanto você não enxergar a luz. A partir do momento em que trabalhamos nosso altruísmo com relação ao nosso ser, nos tornamos seres menos egocêntricos e, portanto, mais evoluídos. Quando verdadeiramente nos movemos de forma a fortalecer o outro, automaticamente nos fortalecemos. É a lei irrefutável da ação e da reação.
Tem gente que passa a vida toda sem encontrar um parceiro de verdade – e aí acabam escolhendo outros seres com os quais não necessariamente desenvolveu-se uma relação amorosa. Tem gente que escolhe o cachorro, o amigo de infância, um tio, a avó, o que também é ótimo. Mas é melhor ainda quando conseguimos uma parceria com alguém com quem podemos inclusive satisfazer outras necessidades, como as sexuais. Assim, junta-se tudo num delicioso pacote.
E se você teve a dádiva de encontrar um parceiro, agradeça. Não deixe de agradecer uma noite sequer quando estiver dormindo no peito dele, ganhando aquele carinho que só se materializa quando é oriundo de um amor de verdade. Você ganhou um presente que muitos passam a vida toda sem sequer imaginar a cor do pacote. O tempo de duração aqui passa a ser secundário – parcerias nem sempre duram pra sempre, mas, como em praticamente tudo na vida, mais vale a intensidade do que a duração. Melhor ter um parceiro de verdade por um mês, do que um sugador de energia durante a vida toda.
O tempo é relativo – dura o quanto fazemos durar. E aí, voltamos a dizer: prefira a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário