domingo, 7 de setembro de 2008

A educação é o processo permanente de aperfeiçoamento do Espírito, é o despertar de suas potencialidades, a realização gradativa de sua divindade e não apenas numa dada existência, mas eternidade afora. Renascemos múltiplas vezes, ascendemos de mundo em mundo, experimentamos ações, debruçamo-nos sobre a natureza do cosmos, para perscrutá-lo e decifrá-lo — e tudo isso faz parte do processo pedagógico em que estamos lançados como Espíritos em evolução.

Assim, a educação é o sentido mesmo da existência. É meio e finalidade, é processo e meta. Por isso, quando considerada em seu aspecto restrito de educação para o aqui e agora, deve sempre transbordar para a interexistência, em seus objetivos e em seus métodos, em suas concepções e suas propostas. Nunca pode ser somente ajuste sócio-cultural, somente profissionalização, somente desenvolvimento cognitivo. Tem de ser tudo isso e mais ainda, pois deve colocar o indivíduo na trilha de seu desabrochar espiritual completo. Deve promover uma vida interexistente. E ainda, deve entregar ao ser educando a responsabilidade de auto-educar-se, despertando-lhe o ímpeto para isso. Durante a presente vida e depois, nas sucessivas vidas, é o próprio Espírito que terá de engajar-se em trabalhar pelo seu melhoramento.

Assim, educar é antes de tudo, conquistar a adesão do educando para sua própria educação. O único bem necessário e possível ao ser humano é estar em sintonia com a lei da evolução, é estar impulsionado para seguir adiante, rumo à conquista de si na eternidade e no infinito.

Se o Espírito mobilizou a vontade e sente em si mesmo o elã de progredir, tudo o mais está feito. O maior mal a evitar é a estagnação, a apatia, o adormecimento da vontade
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